terça-feira, 21 de julho de 2009

A Brasiliana dos Brasileiros

Para quem ainda não conhece e deseja conhecer, o famoso projeto do bibliófilo José Mindlin está no ar. Desenvolvido em parceria com a USP, o projeto almeja digitalizar a coleção Brasiliana do bibliófilo. Algumas obras clássicas, como primeiro livro impresso no Brasil (http://www.brasiliana.usp.br/galeria/2), obras de Hans Staden, mapas e etc...

Abaixo o endereço do site.


http://www.brasiliana.usp.br/

Valeu!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Desilusões comunitárias

Ja faz mais de um mês que não posto no blog. Sinceramente, sinto certa falta.
Por esta razão, hoje, resolvi escrever o porquê de tal sumiço e porque essa ausência será constante.
Primeiramente, eu tentei divulgar o blog da melhor maneira possível: Twitter, e-mail, boca-a-boca, MSN e vários outros meios. Incessantemente divulguei, sem muitos resultados.
No começo, não me importei pela falta de comentários e manifestações, até achava normal, ja que era um blog recente e carecia de credibilidade (não por minha parte, mas de quem não o conhecia). Aos poucos fui ficando desolado com o fato de não haver interação entre escritor e leitor, comecei a me chatear. Honestamente, não quero milhões de comentários, mas ao menos gostaria de criar um debate saudável. Nossa area carece tanto disso e vejo que, desta forma, irá carecer por muito tempo.
Não sou só eu que deixo claro esta insatisfação. Outros amigos, com blogs com a temática de biblioteconomia e ciencia da informação, também sentiram-se desgostosos e, aos poucos, pararam de postar.
Fica aqui meu desabafo. Torço pela integração dos profissionais da área, e a criação de debates para repensarmos o rumo da profissão e o que ela precisa para deixar de ser "desnecessária" na visão dos usuários.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

De quem a culpa?


(Clique nas imagens para melhor visualização)



Poema de Victor Hugo

Ônibus Biblioteca


Há um tempo atrás, foi criado um tópico neste blog sobre a importância da iniciativa do profissional da informação em ousar e agregar novos valores a biblioteca.
Segunda-feira, no jornal Folha de S.Paulo, na seção Cotidiano, saiu uma matéria sobre o "Ônibus- Biblioteca", iniciativa da biblioteca Monteiro Lobato, ressaltando o número de leitores e interessados que ele "arremata" por onde passa, muitas vezes maior do que nas bibliotecas convencionais, como citado na matéria:
"Em fevereiro, veículos da prefeitura adaptados reuniram média superior à de 23 bibliotecas tradicionais de São Paulo "

Essa iniciativa é vitoriosa e mostra que o interesse na leitura existe, independente da classe social, credo e outras classificações...
As barreiras existentes: distância, exclusão social, falta de infra-estrutura são supridos quando há interesse e disponibilidade por parte do profissional, sem esquecer, claro, do suporte da prefeitura, que , muitas vezes, deixa a desejar.
Quando conheci este projeto, por intermédio de uma visita feita pela faculdade, foi possível sentir o tamanho da importância desta ação e ,também, ver o quão precário estava a situação do ônibus. Confesso que não acompanhei de perto após aquela visita, mas fico feliz em saber que esse automóvel do saber ainda rompe barreiras!

Para quem quiser ler a reportagem, segue o link abaixo.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1304200924.htm

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O adeus dos livros?




A vida é feita, e apimentada, por muitos boatos. Histórias que não passam de especulações, histórias improváveis que se tornam verdadeiras e mais especulações, especulações e especulações.
Após a virada do século, muitas perguntas ficaram no ar: Há vida no espaço? O petróleo acabará? entre muitas outras. Na área da informação, a pergunta crucial, que mais tem sido feita, é:
- O livro vai acabar?
Não sei, não o sabem e, sinceramente, não quero saber. Mas, saindo um pouco do muro, sinceramente, acho que não.
Com o avanço da tecnologia no século XX, os objetos tornaram-se inerentes a prazos: quanto vai durar? Ainda é atual? Até quando vai existir? A pressão deste mundo efêmero é enorme e acaba ameaçando (especulando) até os objetos mais sagrados, como o livro.
Sou da corrente que crê que a tecnologia veio para ficar e se aliar a nós como um instrumento essencial de aprimoramento e otimização. Porém, não vejo essa necessidade de “aposentadoria” àquilo que “já foi” para alguns e continua estar para milhões.
O rádio, após a invenção da televisão, não acabou. Com certeza, sentiu a queda da sua audiência e já não exerce um monopólio de ouvintes, mas sempre terá seu público fiel, que prefere ouvir uma voz misteriosa ao invés de ver uma imagem sem emoção.
O livro é sagrado, principalmente para aqueles que sabem da sua história e do seu valor. Incomparável na arte de acompanhar e ser o melhor amigo.
Não esqueço de deixar uma mensagem para que seja bem vindo, também, o Kindle, “iPod dos livros” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0804200911.htm). Uma grande invenção, que com certeza será um fenômeno em questão de tempo.
E assim caminha a humanidade, avançando, apagando e especulando “Day-after-day”.
Mas pra você, o que será do livro?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Endereços de Bibliotecas em São Paulo

http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&ie=UTF8&q=biblioteca&near=S%C3%A3o+Paulo+-+SP&fb=1&split=1&gl=br&view=map&ei=zFfbScePCZzItgfpvrWXCA&cd=1
Mapa disponível no "Google Maps" com endereços das principais bibliotecas da cidade de São Paulo. Vale a pena adicionar no favoritos.

Abraços.

p.s: Obrigado pelos comentários. Espero que esse blog torne-se, assim como outros, um porta voz da classe e dos interessados na área da informação.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Classe sem classe

É comum a desunião de algumas classes: o pobre com o rico; o forte do fraco; o sujo do limpo e etc... É triste! Mas mais triste, e impensável, é a desunião da mesma classe, principalmente a profissional.
O classe bibliotecária é uma delas. Há 4 anos, desde meu ingresso na faculdade, que percebo a dificuldade na comunicação dos profissionais. Ego? Insegurança? Não sei, porém ,o que sei é que precisa mudar.

sábado, 28 de março de 2009

Pequenas Iniciativas

No contexto atual, as crianças exercem um papel fundamental como termômetro e esperança de um futuro melhor. Elas estão cada vez mais inteligentes, rápidas e multifuncionais: jogam videogame ouvindo musica, fazem lição mandando SMS e etc...
É impressionante a energia, a vontade de aprender e curiosidade despertos nesses pequenos seres.

A infância é a melhor idade para iniciação, principalmente quando se refere à educação. Uma criança que cresce gostando de matemática, dificilmente deixará de gostar algum dia. Aquela que aprende um instrumento no pré-primário, provavelmente, levará esse aprendizado para vida inteira. E a criança que freqüenta uma biblioteca e que a enxerga como uma casa do saber, será sempre seu fiel usuário.

São poucas as iniciativas criadas pelas bibliotecas para atender este público, principalmente o aluno da rede pública. Conta-se nos dedos as crianças, futuros adolescentes, que leem, ou se interessam por qualquer tipo de leitura. Muitas vezes, a falta de iniciativa e de aproximação, acaba afastando-o de um mundo, nunca antes visto, que nunca será conhecido.

Sempre gosto de citar o belo projeto da Biblioteca Monteiro Lobato [http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/monteiro_lobato/index.php?p=9] , que tem uma estrutura ímpar, totalmente voltada à criança: com muito espaço, decoração, e atividades plurais, como: teatro, música, entre outros.

Outro exemplo fenomenal, é o programa "Bibliotecário por um dia" da Biblioteca de Turón na Espanha, que coloca os pequeninos para atender, como se fossem bibliotecários. Aliás, essa iniciativa além de ser enriquecedora para criança, é uma forma de divulgação do profissional bibliotecário.

Mas ainda há tempo, existem diversos programas no Brasil e no mundo, iniciativas valorosas com pouca divulgação. Nunca é tarde para inovar, pesquisar e, se possível, copiar aquilo que é enriquecedor para o futuro da nação.

http://www.youtube.com/watch?v=YfRbI_djESM
http://www.youtube.com/watch?v=CTe01g1YWy4

(Bibliotecário por um dia)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Arquivo pessoal


Quem nunca desconfiou da sua própria capacidade de memorização, armazenamento e compreensão da informação? Quantas vezes não me coloquei à prova, justamente, por pensar que o cérebro tem limite e o mesmo já foi alcançado?

O cérebro humano é ilimitado. E essa afirmação é o suficiente para responder inúmeras questões.

Segundo o neurologista Ivan Izquierdo , da UFRGS, para o site da revista "Mundo Estranho", quando perguntado sobre a quantificação da informação: "É impossível comparar o cérebro do homem a uma máquina, porque a quantidade de informações que guardamos não pode ser quantificada. Quem falar em números estará mentindo".

Certamente, essa afirmação é válida. Imaginem o número de informação que é criada a cada segundo. Quanta informação você recebe todo dia? Um simples olhar na paisagem, uma palavra escutada na rua, um pensamento refletido, a conversa do bar, o dia-a-dia, o bom dia e tantas outras situações...

Ufa! Dá até um certo alívio saber que da mesma forma que essa informação vem, na maioria das vezes por escolha nossa ou, naturalmente, num escoamento, ela se vai. Errado!
Nem pra todo ser humano é assim.
A americana Jill Price lembra, desde os 14 anos, cada minuto da sua vida: ações, emoções, atitudes, tratamentos e etc... Ela conta todas essas suas experiências (ao meu ver: um tanto quanto angustiante) em livro: "The Woman Who Can’t Forget".
Curiosidades a parte, quanta informação!
Au revoir


p.s: O quadrinho é do fantástico e único Laerte!

quinta-feira, 26 de março de 2009

"A biblioteconomia quando ousa"

Falar de uma profissão milenar, que leva a responsabilidade dos antigos mecenas, e que é pouco reconhecida por sua importância no contexto cultural e educacional da população, não é simples. Eu ouso escrever sobre, pois, graças a minha escolha e as minhas vontades, escolhi essa nobre profissão para exercer.
O distanciamento existente entre usuário e biblioteca é o mesmo existente, geralmente, entre bibliotecário e biblioteca. É notável e triste perceber o número de profissionais que não honram a profissão e que ,nem ao menos , tentam ser profissionais. A difícil e "penosa" relação trabalho-ambiente de trabalho faz com que , na maioria das vezes, o usuário tenha uma primeira e perigosa impressão do profissional de biblioteconomia, taxando-o de desnecessário, arrogante, indiferente e outras qualidades negativas que não faz jus a nobreza da profissão.
Aquém da categoria do mau-profissional está a do bibliotecário apático que, por não arriscar e propor novas formas de aproximação, deixa tudo como está.

Ousar não é agredir. Saber explorar campos não explorados e usá-los de uma forma que beneficie tanto a nós quanto o usuário é uma missão. A biblioteconomia não está ultrapassada, mas está cansada, precisando de um novo fôlego. Quem disse que tradição é estagnação? Isto não consta nos dicionários. Permita-se sentir maior, não nos limite-mos às migalhas e ao comodismo. A humanidade ainda precisa, e por muito tempo precisará, de homens, bibliotecas, bibliotecários e livros.