sábado, 28 de março de 2009

Pequenas Iniciativas

No contexto atual, as crianças exercem um papel fundamental como termômetro e esperança de um futuro melhor. Elas estão cada vez mais inteligentes, rápidas e multifuncionais: jogam videogame ouvindo musica, fazem lição mandando SMS e etc...
É impressionante a energia, a vontade de aprender e curiosidade despertos nesses pequenos seres.

A infância é a melhor idade para iniciação, principalmente quando se refere à educação. Uma criança que cresce gostando de matemática, dificilmente deixará de gostar algum dia. Aquela que aprende um instrumento no pré-primário, provavelmente, levará esse aprendizado para vida inteira. E a criança que freqüenta uma biblioteca e que a enxerga como uma casa do saber, será sempre seu fiel usuário.

São poucas as iniciativas criadas pelas bibliotecas para atender este público, principalmente o aluno da rede pública. Conta-se nos dedos as crianças, futuros adolescentes, que leem, ou se interessam por qualquer tipo de leitura. Muitas vezes, a falta de iniciativa e de aproximação, acaba afastando-o de um mundo, nunca antes visto, que nunca será conhecido.

Sempre gosto de citar o belo projeto da Biblioteca Monteiro Lobato [http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/monteiro_lobato/index.php?p=9] , que tem uma estrutura ímpar, totalmente voltada à criança: com muito espaço, decoração, e atividades plurais, como: teatro, música, entre outros.

Outro exemplo fenomenal, é o programa "Bibliotecário por um dia" da Biblioteca de Turón na Espanha, que coloca os pequeninos para atender, como se fossem bibliotecários. Aliás, essa iniciativa além de ser enriquecedora para criança, é uma forma de divulgação do profissional bibliotecário.

Mas ainda há tempo, existem diversos programas no Brasil e no mundo, iniciativas valorosas com pouca divulgação. Nunca é tarde para inovar, pesquisar e, se possível, copiar aquilo que é enriquecedor para o futuro da nação.

http://www.youtube.com/watch?v=YfRbI_djESM
http://www.youtube.com/watch?v=CTe01g1YWy4

(Bibliotecário por um dia)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Arquivo pessoal


Quem nunca desconfiou da sua própria capacidade de memorização, armazenamento e compreensão da informação? Quantas vezes não me coloquei à prova, justamente, por pensar que o cérebro tem limite e o mesmo já foi alcançado?

O cérebro humano é ilimitado. E essa afirmação é o suficiente para responder inúmeras questões.

Segundo o neurologista Ivan Izquierdo , da UFRGS, para o site da revista "Mundo Estranho", quando perguntado sobre a quantificação da informação: "É impossível comparar o cérebro do homem a uma máquina, porque a quantidade de informações que guardamos não pode ser quantificada. Quem falar em números estará mentindo".

Certamente, essa afirmação é válida. Imaginem o número de informação que é criada a cada segundo. Quanta informação você recebe todo dia? Um simples olhar na paisagem, uma palavra escutada na rua, um pensamento refletido, a conversa do bar, o dia-a-dia, o bom dia e tantas outras situações...

Ufa! Dá até um certo alívio saber que da mesma forma que essa informação vem, na maioria das vezes por escolha nossa ou, naturalmente, num escoamento, ela se vai. Errado!
Nem pra todo ser humano é assim.
A americana Jill Price lembra, desde os 14 anos, cada minuto da sua vida: ações, emoções, atitudes, tratamentos e etc... Ela conta todas essas suas experiências (ao meu ver: um tanto quanto angustiante) em livro: "The Woman Who Can’t Forget".
Curiosidades a parte, quanta informação!
Au revoir


p.s: O quadrinho é do fantástico e único Laerte!

quinta-feira, 26 de março de 2009

"A biblioteconomia quando ousa"

Falar de uma profissão milenar, que leva a responsabilidade dos antigos mecenas, e que é pouco reconhecida por sua importância no contexto cultural e educacional da população, não é simples. Eu ouso escrever sobre, pois, graças a minha escolha e as minhas vontades, escolhi essa nobre profissão para exercer.
O distanciamento existente entre usuário e biblioteca é o mesmo existente, geralmente, entre bibliotecário e biblioteca. É notável e triste perceber o número de profissionais que não honram a profissão e que ,nem ao menos , tentam ser profissionais. A difícil e "penosa" relação trabalho-ambiente de trabalho faz com que , na maioria das vezes, o usuário tenha uma primeira e perigosa impressão do profissional de biblioteconomia, taxando-o de desnecessário, arrogante, indiferente e outras qualidades negativas que não faz jus a nobreza da profissão.
Aquém da categoria do mau-profissional está a do bibliotecário apático que, por não arriscar e propor novas formas de aproximação, deixa tudo como está.

Ousar não é agredir. Saber explorar campos não explorados e usá-los de uma forma que beneficie tanto a nós quanto o usuário é uma missão. A biblioteconomia não está ultrapassada, mas está cansada, precisando de um novo fôlego. Quem disse que tradição é estagnação? Isto não consta nos dicionários. Permita-se sentir maior, não nos limite-mos às migalhas e ao comodismo. A humanidade ainda precisa, e por muito tempo precisará, de homens, bibliotecas, bibliotecários e livros.