
A vida é feita, e apimentada, por muitos boatos. Histórias que não passam de especulações, histórias improváveis que se tornam verdadeiras e mais especulações, especulações e especulações.
Após a virada do século, muitas perguntas ficaram no ar: Há vida no espaço? O petróleo acabará? entre muitas outras. Na área da informação, a pergunta crucial, que mais tem sido feita, é:
- O livro vai acabar?
Não sei, não o sabem e, sinceramente, não quero saber. Mas, saindo um pouco do muro, sinceramente, acho que não.
Com o avanço da tecnologia no século XX, os objetos tornaram-se inerentes a prazos: quanto vai durar? Ainda é atual? Até quando vai existir? A pressão deste mundo efêmero é enorme e acaba ameaçando (especulando) até os objetos mais sagrados, como o livro.
Sou da corrente que crê que a tecnologia veio para ficar e se aliar a nós como um instrumento essencial de aprimoramento e otimização. Porém, não vejo essa necessidade de “aposentadoria” àquilo que “já foi” para alguns e continua estar para milhões.
O rádio, após a invenção da televisão, não acabou. Com certeza, sentiu a queda da sua audiência e já não exerce um monopólio de ouvintes, mas sempre terá seu público fiel, que prefere ouvir uma voz misteriosa ao invés de ver uma imagem sem emoção.
O livro é sagrado, principalmente para aqueles que sabem da sua história e do seu valor. Incomparável na arte de acompanhar e ser o melhor amigo.
E assim caminha a humanidade, avançando, apagando e especulando “Day-after-day”.
Mas pra você, o que será do livro?